terça-feira, 12 de maio de 2015

O Olhar do Desconhecido...



Ela chegou em casa, cansada, querendo tomar um banho e descansar. Mais um sábado, e justamente aquele sábado, o peso da semana de trabalho, pesava mais que o normal. Foi pro seu quarto, colocou uma música, deitou e olhando pro teto pensou o quanto estava orgulhosa dela mesma pela semana de trabalho e pensando que garotas da sua idade estariam agora pensando em se arrumar e indo pra balada. E ela ali, deitada, sem querer levantar pra nada.

Seu telefone toca. Uma amiga está ligando! Ela atende.

- Alô?
- Oi amiga! Que saudade! Quero te fazer um convite!
- Saudade também! Faça!
- Hoje vai ter uma balada, e queria te chamar pra ir. A Helô vai também. E uma amiga minha, a Karina também vai! Vamos? Vai ser tão legal.
- Tem certeza Talita? Hoje tô tão cansada!
- Larga de ser velha Vanessa. Vamos sim! Passamos pra te buscar ás onze. Esteja pronta.

Ela desliga e pensa: "COM ESSE CANSAÇO TODO VOU PRA BALADA? AH MAS A SEMANA FOI TÃO PRODUTIVA, MEREÇO SIM SAIR PRA DAR UMA ESPAIRECIDA." Ela tomou banho, abriu seu guarda roupa e colocou as primeiras roupas que viu, as que ela mais gostava. Cantou sua música favorita em alto e bom som enquanto se arrumava. Ela tinha essa mania. A animação chegou com força total. Dançava com os pincéis que estava usando pra fazer sua maquiagem. Fez uma linda maquiagem e colocou uma sapatilha, sim sapatilha, seus pés estavam cansados demais para salto alto. Fez uma chapinha em seu cabelo, estava pronta. Opa, ainda não. Faltava o perfume que ela mais gostava. O pegou em cima da penteadeira, passou na nuca e nos pulsos. Pronto. Agora sim. Ela tava estava linda e pronta. Olhou no espelho e sentiu que algo mágico estava no ar naquela noite, mas não sabia o que era.

Ouviu uma buzina. Eram suas amigas. Ela saiu, trancou a porta e o portão. Entrou no carro, cumprimentou suas amigas que elogiaram sua roupa e que ela finalmente sairia pra balada. Uma de suas amigas disse que ela estava com uma cara ótima e ela respondeu que depois da ligação ficou animada e queria causar. Se não fosse pra causar, nem sairia. Suas amigas riram e disseram que sentiam saudades dessa animação toda e de seu bom humor.

Chegaram ao destino. Porta da balada. Desceram e ela estranhou quantas pessoas que ela não via, estavam ali, na porta da balada! Quantas pessoas a reencontrar. Compraram suas entradas e entraram. Estava lotado, as luzes acompanhavam as batidas da música eletrônica. Ela comprou uma ice pra ela. Quanto tempo não bebia. Dançou com as amigas feliz da vida. Garotos chegavam nela, mas ela não queria ninguém. Estava bem sozinha e bem com as amigas. 

De repente, começou a tocar música sertaneja. Ela adorava. Foi pra frente do palco com as amigas pra abalar. Ela estava realmente afim de causar. Quando estava no auge de sua dança, olhou e viu. Era ele. Seus olhos se cruzaram e ela ficou surpresa em ver o quanto ele mexeu com ela, com um só olhar. Parou de dançar. Só pra admirar quem ela acabou de ver. Ela nunca tinha o visto. Mas ela se tomou conta que ele era diferente. Seu olhar. Seu sorriso. Ele por si só era diferente de todos que ela tinha visto. Teve certeza que era ele e ele seria dela. Comentou com uma das amigas que achou que ela era louca, que ela não podia se apaixonar assim por um desconhecido. Mas ela não se importou, o olhou ainda por alguns instantes. Ele sumiu, desapareceu aos seus olhos. 

A balada acabou. E a procura dela por ele, foi incansável. Decidiram ir embora. Ela o viu na rua, de longe, ele estava com outra. Ela se chateou mas não desistiu que era ele. Que ele ainda seria dela. Elas foram embora. Ela chegou em casa, tirou a maquiagem, tomou um banho, colocou seu pijama e deitou. Finalmente. Mas seu pensamento estava nele. Como ele era bonito, como tinha um olhar maravilhoso. Um sorriso de parar a balada. E de fazer o coração dela pulsar rapidamente. Mas ele era um completo desconhecido. Tinha namorada. Mas que ela tinha certeza que iria o reencontrar em breve. E ele se tornaria um conhecido. E disso ela não desistiria...

O que ela não sabia, era que do outro lado da cidade ele também queria conhecer a desconhecida que viu na balada e que seu olhar cruzou como não havia cruzado com ninguém. E se arrependeu. Pois deveria ter ido atrás dela. Mas preferiu ficar com a primeira que deu mole. Ele foi dormir pensando nela. E pensando num possível reencontro. Porque de uma coisa os dois e o destino tinham certeza: Ela nasceu pra ele e ele pra ela...


E aí? Gostou? É, uma linda história de amor é de suspirar né? Amo história românticas. (suspiro) Se você gostou, compartilha! Não esquece! E lembrando que essa história é fictícia, e qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência (ou destino). Um beijo enorme e o meu muito obrigada!

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